A palavra hiper-hidrose pode causar certa estranheza, mas certamente você sabe do que se trata. Ela nada mais é do que o nome clínico para o problema de suor excessivo. “É uma doença crônica cuja fisiopatologia ainda não foi totalmente esclarecida, mas sabe-se que é um distúrbio das glândulas sudoríparas e apócrinas, causado por fatores genéticos e disfunção do sistema nervoso. Essa disfunção estimula as glândulas a suarem mesmo no frio”, explica a dermatologista Isabel Martinez.
A médica, que é membro da Sociedade Americana de Laser e Cirurgia e fez atualização em laser pela Universidade de Harvard, ressalta que a doença pode causar graves problemas sociais. “Ela leva muitos pacientes a um constrangimento que pode causar até uma reclusão social. A hiper-hidrose pode atingir as axilas, a palma das mãos, a planta dos pés, a face, o couro cabeludo e a virilha, entre outras áreas menos comuns”, diz a doutora Isabel.
Um tratamento que tem se mostrado bastante eficaz, segundo a dermatologista, é o à base da toxina botulínica, o popular Botox. “É um tratamento rápido e eficaz, sem a necessidade de cirurgia. O mecanismo de ação da toxina é o bloqueio do funcionamento das glândulas, impedindo a transpiração. O efeito do tratamento é percebido a partir do segundo dia, mas é somente no 15º dia é que se atinge efeito completo. A aplicação dura entre seis e oito meses e deve ser feito somente por um medico especialista”, ensina.
Uma nova opção de tratamento foi apresentada no último Congresso da Sociedade Americana de Laser e Cirurgia em Medicina, realizado neste mês de abril em Dallas (Estados Unidos). Trata-se um aparelho de laser. “Este aparelho emite ondas na frequência de microondas atingindo as camadas onde se localizam as glândulas apócrinas e écrinas, protegendo a camada superficial com uma característica de resfriamento próprio”, explica Isabel.
O aparelho vai receber a liberação pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pelo controle de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos,mas ainda não há previsão de entrada no Brasil. “Enquanto ele não chega, indico o tratamento com Botox e, dependendo do caso, até mesmo a cirurgia”, finaliza.
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